Faca cortante
Que decepa a
vida,
Afiados gumes
brancos
Para decapitar
O alfa e o ômega
Da existência
E do viço
alegórico.
Precipício da
inconsciência
Que sobrevive de
fantasias
E do pensamento onisciente.
Superstição de utopia
Que navega pelo espaço
E sobre a crosta do orbe
Derrama uma crista densa
Sobre os mares devolutos.
Mede-se as horas
Como a cratera unilateral
Dos penhascos inumanos
Que deletam um sujeito oculto
Pelo objeto da transitividade
Bipolar da oração unipessoal.
DE Ivan de
Oliveira Melo