sexta-feira, 19 de outubro de 2018

DIAGONAIS




Faca cortante
Que decepa a vida,
Afiados gumes brancos
Para decapitar
O alfa e o ômega
Da existência
E do viço alegórico.

Precipício da inconsciência
Que sobrevive de fantasias
E do pensamento onisciente.

Superstição de utopia
Que navega pelo espaço
E sobre a crosta do orbe
Derrama uma crista densa
Sobre os mares devolutos.

Mede-se as horas
Como a cratera unilateral
Dos penhascos inumanos
Que deletam um sujeito oculto
Pelo objeto da transitividade
Bipolar da oração unipessoal.



DE  Ivan de Oliveira Melo

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