quinta-feira, 18 de outubro de 2018

LIBERDADE



Preso às babaquices do cotidiano, aqui estou.
Busco lembrar de não esquecer que sou urdido
Pelas intempéries da modernidade que são dor
E tremenda angústia de um papel já destruído
Que utopicamente afirmava: na vida, só amor!

Perco-me do céu, as veredas estão maltrapilhas,
Sujas pela devassidão de um destino meio insosso,
Choro pelas desventuras agora habitantes das ilhas
Onde a liberdade faz morada distante dos moços
E definitivamente delinquente de quem só dedilha

As notas ébrias de uma viola arcaica e sem pudor...
Sigo prisioneiro de um progresso sem novidades,
Contudo sei que a morte ronda e me deixa indispor
Do sagrado pedestal da existência: a eternidade!


DE  Ivan de Oliveira Melo 

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