Eu
e minha pena nos entendemos.
Às
vezes nossas lágrimas são oceano
E
caem como juras de amor – Eu te amo –
Dizemos,
assim, sem mais nem menos.
Trunca
a inspiração, a pena faz rabiscos,
É
então que choro que choro perante um mar
Em
que no vagido das ondas tento me afogar,
Porém
a pena me descreve em hieroglifos.
Em
meu orvalho lacrimal há doce tempero
Que
é a nostalgia que me inunda do aguaceiro
Derramado
sobre as palavras do meu senso...
E
minha pena abre um sorriso – quão idiota és -,
Sabes
que no que escreves te cubro de cafunés
E
teu lirismo, para mim, é um Pacífico imenso!
DE Ivan de Oliveira Melo