domingo, 10 de novembro de 2019

CONDENADOS




Sou eco e sou surdo...
Tenho um corpo sem alma...
Na verdade, sou bastante água
E não sei falar... Sou mudo!

Respiro, mas... Apócrifa é a vida
Que ensina e destrói... É o nada!
O tudo é efêmero... É hora tatuada
Perante o tempo isento de esquina.

Sobrevivência: uma existência nula
Que tem do mundo apenas o decote
Já que viver é preparar-se para a morte!

Esdrúxulo universo que não depura
Do ouro e da prata o viés da semente
Que perece incauto... Sem saber ser gente!


DE  Ivan de Oliveira Melo


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