Um
corpo em decomposição é uma delícia
Para
os abutres que saciam a fome mórbida
Num
apetite que elenca uma gulodice sórdida
Deveras
incongruente a uma realidade fictícia.
Os
corvos são senhores da carne apodrecida
E
salivam do manjar os ingredientes da perícia
Que
fazem antes de consumirem com malícia
Os
restos mortais dos indivíduos que foram vida.
Receita
boa dessa alimentação é a carnificina
Que,
levada pelos ventos, jamais se contamina
Diante
das egrégoras substâncias dum paladar...
O
odor mefítico é o tempero que faz desse prato
O
sabor favorito das jazidas fúnebres e insensato
Pirão
do sangue coagulado desse bizarro pomar!
DE Ivan de Oliveira Melo
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