quarta-feira, 23 de novembro de 2016

CONFIGURAÇÕES

Sempre mergulho num alfa biônico
E vislumbro sequelas de gamas senis,
Tampouco sincronizo betas, jazem bis
Na ômega aventura do meu biotômico.

Dentre valores algébricos há gangorras
Donde se destacam as alvíssaras do Pi
Que se depura diante do tudo o que vi
Renascendo sinuoso livre de masmorras.

Delta é um espaço deveras matemático
E em suas funções deito o anátema fático
Que dialoga números e expressões vitais...

No teta apêndice configuro meus sonhos
E perante as altas potências componho
Um glossário onde ratificarei meus anais!



DE  Ivan de Oliveira Melo


terça-feira, 22 de novembro de 2016

NEGATIVOS

Não é somente a alma que chora e se angustia,
É também o coração fragmentado em pedaços
Que clama do amor a audiência sem intervalos
A fim de que a paixão não embote a dor fugidia.

Não são apenas lembranças que são fotografias,
São igualmente os espelhos que desenham faces
E deixam nas cicatrizes do tempo marcas e lacres
Para que nos olhares sem solidão haja melancolia.

Não é só saudade que tinge de carinho a ausência,
Mas dum tênue sentimento de casta jurisprudência
Que acaricia a emoção e produz sensação de ardor…

Não é a solidão um convite donde se abstrai energia,
Todavia a emancipação dum tesão que não é alegoria
E, sim, um reflexo de arte em que o conteúdo é amor!



DE Ivan de Oliveira Melo   

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

NÃO E SIM

O silêncio é a audácia de uma reflexão…

Perante situações anacrônicas o eu padece
Dum niilismo crônico e vincula ao estresse

Um vazio obsoleto e profundamente deserto
Donde o que sobra é eco da insensibilidade
Já manifestada diante dos precipícios do não…

A alma se agita e grita num tom angustiante,
Buscando as respostas que satisfaçam o juízo
Que atropela os mecanismos do saber contrito
Consumado pelos desvarios de seres amantes.

No solo das imperfeições tudo é possibilidade...
O que se vê e o que se sente é o desequilíbrio
Pontiagudo dos lados do raciocínio ilógico
Que atua nas manifestações que são trampolim
Donde o que veementemente se espera é o sim!



DE Ivan de Oliveira Melo


domingo, 20 de novembro de 2016

DERRAME DO ÂMAGO

Minhas ideias andam alcoolizadas,
Trituradas pelo metanol da mente
Que rebola dente labirintos e sente
O ébrio mascar das falsas alvoradas.

Meu raciocínio é de etnia amarelada
Donde se obtém uma raça mitológica,
Nada se consuma perante uma lógica
Que inverte valores e jamais se dilata.

Eis-me preso a uma fatalidade de mim
Que navega na inconsciência sem fim
Dum cérebro cujo leme parece droga...

Consciência aborígene que me é farrapo
Duma vida sem ritual, ferida esparadrapo
Que nada cola nem protege e se afoga!



DE Ivan de Oliveira Melo 

HELP US!

TEXT


HELP US!


                                                                                                       By  Ivan de Oliveira Melo

          Two ancient friends arrived in an old restaurant on the road. Both were hungry and tired. They want to eat something. The restaurant was empty that hour but there is a good waiter to serve them.
- Please, waiter!
- Can I help you?
- Yes. What do you have to eat here?
- Well, it’s too late but I think that I can offer some food for you.
- Okay. I prefer vegetables and my friend wants a sandwich with cheese and ham. Is it possible?
- Naturally, Sir. What kind of vegetables do you prefer?
- Cooked onions, tomatoes, sweet potatoes and so one.
- It’s very difficult to find cooked onions, then I am going to try.
- To drink we would like brandy and iced soft-drinks.
- Ah! You are smart. Time is very cold and a good brandy it’s marvelous to warm the body.
- Perfect. We are waiting, please.

Some minutes later.

- I’m sorry but the boss said that the restaurant is closed. It’s two A.M.
- Oh! Don’t say that! Help us! A long journey waits our feet and we need to full our stomachs.
Please, waiter!
- Well, here there is no food more. I live near here  and if you want I can serve you in my home.
- Good! By the way, are there two beds for our rest?
- I don’t know. I’ll call to my wife and I’ll ask her.
- Excellent! Do this for us!

After fifteen long minutes.

- You’re bad luck. Unhappy my wife told me that other beds are broken...
- Dear me! Help us, please!
- Okay. I had an idea. In the end of the yard we have a chicken place. Would you like to sleep with them?
- My idea is better than yours. You and your wife give us your bed and you are going to sleep in the chicken yard...
- Go to a hell!!!


THE END

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

EDÉN INFECCIOSO

Hede la conciencia que practica el mal,
Es la basura que no cabe en los patios del mundo…
Aquel que huye del bien es un asaltante inmundo,
Vida apócrifo de laia tacaña y carácter anormal.

Escandálo que brota sobre la tierra sin escrúpulos,
Ahogando en la penumbra deseos gratificantes…
Ayer y hoy las cosas parecen tan finas y pedantes
Que en el porvenir, mañana, nada puede ser estúpido.

Los vientos no hedén… El tiempo tiene regusto hueco,
Entonces el polvo de los cantónes rebozan los despiertos
Y en la respiración del bueno sólo hay lo que es sueño…

Las fantasías llenaron las bolsas que guardan el bello,
Restan solamente las limosnas y todo que es afrecho
En un universo dónde vivir es saudable y estupendo!





DE Ivan de Oliveira Melo   

domingo, 2 de outubro de 2016

NATURALISMO

Eis a dosagem de um naturalismo poético…

A Sociologia é um dos apêndices deste mistério,
Todavia se deve ter cuidado com tons e critérios,

Pois a Psicologia analisa debalde todas as nuances
E enfoca os dissabores íntimos em busca de soluções…
Embriões patológicos são a alma do escritor naturalista!

Sem dúvida tem-se uma tela duma sobrevivência material,
Sendo a criatura humana um produto meramente biológico
Em que os instintos se destacam com ênfase animalesca
Tornando o homem um mero brinquedo nas mãos do destino.

Livre-arbítrio é algo inexistente neste espectro de vida…
O ser humano é uma máquina dirigida por leis físicas e químicas…
A hereditariedade e o meio ambiente governam suas ações,
Por isso está sempre à mercê de forças incontroláveis e apenas
A Ciência detém a chave e o compromisso de compreendê-lo…



DE Ivan de Oliveira Melo