terça-feira, 21 de março de 2017

SENSO

Às vezes paro, olho, ouço, penso…

Minha mente vive cheia de abobrinhas
E, mesmo que me banhe de incenso,

Retrato cataratas das ilusões minhas
E me depuro ao extrair o estêncil
Inorgânico que me forma ladainhas

E sou obrigado a reiterar intenso
Todas as mazelas que revolvem sozinhas
Meus escrúpulos esculpidos na cozinha
De um intelecto que vive febril e tenso…

Às vezes paro, olho, ouço, penso…
E me vejo adormecido sem companhia,
Isolado dum mundo alegórico e imenso,
Sem condições de soletrar as modinhas
Esdrúxulas dum social caduco e denso...


DE Ivan de Oliveira Melo



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