Deixo que a solidão salpique sobre a saudade cósmica
E, dentre os torvelinhos que me ferem a sensibilidade
crônica,
Ouço os arrepios que gritam perante os charcos da noite
atômica
Dissipando os eventuais matizes da estrutura meio gótica.
Convalesço dos atritos luxuriantes de minha alma
hipotecada
Evocando os dissabores da tertúlia das grandes orgias
paralelas,
Há delírios perpendiculares que cavam sentimentos em
aquarela
Mediante os prazeres alísios que sopram durante a
madrugada.
Os gemidos estão configurados às teclas inalienáveis da
paixão,
Debruçados sobre os apêndices transfigurados das válvulas
do coração
Contrariando os vértices isósceles que mantêm o apanágio
do amor...
Salvem-se os orgasmos têxteis que provêm das finíssimas
agulhas
Decodificadas dos segredos perpetuados do que outrora,
pulhas,
Hoje convertidos em protótipos que combatem as vísceras
do dor!
DE Ivan de
Oliveira Melo
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