sábado, 2 de setembro de 2017

HOMEOPATIA DOS BACANAIS




Deixo que a solidão salpique sobre a saudade cósmica
E, dentre os torvelinhos que me ferem a sensibilidade crônica,
Ouço os arrepios que gritam perante os charcos da noite atômica
Dissipando os eventuais matizes da estrutura meio gótica.

Convalesço dos atritos luxuriantes de minha alma hipotecada
Evocando os dissabores da tertúlia das grandes orgias paralelas,
Há delírios perpendiculares que cavam sentimentos em aquarela
Mediante os prazeres alísios que sopram durante a madrugada.

Os gemidos estão configurados às teclas inalienáveis da paixão,
Debruçados sobre os apêndices transfigurados das válvulas do coração
Contrariando os vértices isósceles que mantêm o apanágio do amor...

Salvem-se os orgasmos têxteis que provêm das finíssimas agulhas
Decodificadas dos segredos perpetuados do que outrora, pulhas,
Hoje convertidos em protótipos que combatem as vísceras do dor!



DE  Ivan de Oliveira Melo 

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