sexta-feira, 1 de setembro de 2017

BORDADOS




Um bordado no firmamento: estrelas. Quem curte?
Difícil é encontrar um alguém que deveras espreite
Essa sensibilidade em que ainda há tamanho deleite,
Pois na sanha de hoje sensibilidade é apenas iogurte!

Só o poeta traveste as palavras... é maestro sensível...
Pouquíssimos afrontam a modernidade. Pura idiotice!
Aí está a razão pela qual prevalece o que é só fetiche,
Arroubo exótico dum prazer que sobrevive de fusível!

Natureza e metafísico respiram totalmente uníssonos...
Não são vagas... São bronzes prateados de finos sinos
Que tecem a harmonia deste cosmos tão depredado...

Bordados! Eis a sutileza dos astros, somente paisagens...
E uma sensualidade febril depauperada. Tudo miragens
Arroladas ao libido excêntrico de quem está enamorado!



DE Ivan de Oliveira Melo

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