segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

ANÔNIMOS



Sob o sepulcro meu corpo adormece
E, em derredor, outros estão a putrefar,
O que um dia foi belo hoje é paladar
Para gnoses vermes dessa quermesse.

Com o passar do tempo serei só ossos,
Mas minha memória ficará tão intacta
Que além das horas será a concordata
Esperando a morte morrer de remorsos.

Aquém vislumbrarei o mundo perverso
Que somente é fagulha de um universo
Em que se respira mal para viver o bem...

Longitude é um ponto distante demais
Onde sobrevivem as pessoas ancestrais
Que deixaram a vida, agora são ninguém!



DE  Ivan de Oliveira Melo

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