Num canteiro
amarelado de flores,
Cheiro-as até
convulsionar-me...
Nasce e morre em
mim
Um olfato
bastardo, sem brilho.
Lânguido,
tropeço em mim mesmo
E uma chama de
sono me entorpece...
Desperto. Zonzo
e de sangue gélido,
Enxergo a
atmosfera em derredor
Diante de um
calor intenso
E de um aroma primaveril
em brasa.
A noite se
avizinha.
As mãos ainda
frias, as pernas trôpegas,
Mas o pensamento
inteiro à disposição
Das ideias que
rolam no cérebro,
A esta altura arenoso
e movediço.
Nas estrelas que
cintilam desconfiadas,
Um ópio ardente
me faz gritar em silêncio
E, na madrugada,
percebo que o orvalho
Pisca como vaga-lumes
Anunciando que a noite perece
E um novo dia desponta no horizonte.
As flores, outrora amarelas,
Estão metamorfoseadas de esperanças!
DE Ivan de
Oliveira Melo
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