Observo
os ventos que vêm do leste
E
me atrevo a voar com a imaginação
Até
onde vejo o dissipar-se da solidão,
É
permuta da saudade que me veste.
Vislumbro
a luz que alumia minha alma
E
ousadamente me desfaço da escuridão
Que
me faz refém do meu próprio coração,
É
a lágrima presa em desvario que deságua.
Sinto
a dor que me perfura deveras o íntimo
E
timidamente me percebo assaz selvagem
Diante
de um mundo pleno de camuflagem,
É
a consciência em atropelo intrínseco...
Enfim,
sou apenas vexame da minha mente
Que,
nocauteada de tédio, respira somente!
DE Ivan de Oliveira Melo
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