Somente
uma tênue lembrança
De
um tempo distante, recordei...
Eras
tu, leve como a brisa, sonhei.
E
para sempre minha mente levei
Até
as enseadas do passado, eu sei.
Porém
as reminiscências são o idílio
De
uma paixão etérea que louvarei.
Palavras
soltas consumadas no perfil
Do
amante que amargamente serei
Em
devaneios que outrora contemplei
E
agora são apenas riachos da emoção
Que
contrabandeia uma alma ardente.
Meus
pensamentos tingem teu nome
Perante
as acrobacias do amor infinito.
Gestos
que navegam num mar agitado
Em
que as ondas deslizam sorrateiras
Sobre
as pedras dum litoral acanhado
Pelas
procelas que sopram os dissabores
Da
ventura arredia entrecortada de flores.
Todavia
tua silhueta reside na memória
Deste
alfarrábio humano que me tornei.
Apenas
não te quero esquecer. É minha lei.
Diante
das voltas que o mundo dá, seguirei
Buscando
tua imagem já rasgada no espelho
Dos
meus olhos... É a prisão de quem ama
Verdadeiramente.
Pretérito e presente hoje;
Amanhã,
deslumbramento da visão precoce
Que
o futuro configura nos torvelinhos da morte!
DE Ivan de Oliveira Melo
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