Eu
tropecei sobre cadáveres numa noite tonta,
Porém
não eram “presuntos” humanos, pensei...
Eram
carnificinas de palavras velhas, fora da lei
E
que labutavam para reexistirem mesmo contra
Os
neologismos que despontavam perante o rei,
O
dicionário que tudo registra de ponta a ponta...
Tais
vocábulos sofriam e consideravam afronta
Serem
banidos do idioma e eu, com eles, chorei...
Encontrei
os arcaísmos numa grande assembleia,
Associei-me
a eles na luta diante desta panaceia
E
lhes disse que, como escritor, não os esqueceria.
Juntos
nos lembramos do parnasiano, Olavo Bilac,
Que
deu à Língua Portuguesa fulgor e alma máter
Para
que os termos antigos sejam filhos da poesia!
DE Ivan de Oliveira Melo
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