Eu
sou um magma
E
terra para mim é água...
Muita
vez me percebi tectônico
Em
minhas atitudes vulcânicas!
Não
sei dizer se sou telúrico,
Contudo
minha personalidade
Advém
de uma sedimentação
Que
absorve qualquer transformação.
Há
um manto em torno de mim
Que
me torna raia espectral
Já
que tudo observo em relação
Ao
ponto de vista terrestre...
Quando
me aborreço,
Os
abalos sísmicos do meu corpo
São
capazes meteorizar soluções
E
profundas erosões se formam...
Sou
metamórfico enquanto há paz
E
fragmentos do meu caráter
Tornam-se
ígneos diante da extrusão,
Mesmo
quando essencialmente plutônico.
As
placas que me consomem
São
processos que se acumulam
Em
meu íntimo sob pressão,
Então
ocorre uma diagênese
Formando,
em mim, um novo magma!
Meus
sentimentos são transportados
Pelos
ventos que, como agentes externos,
Fazem
de mim finíssimas partículas
As
quais favorecem à consolidação
Dos
meus pensamentos e das propriedades
De
minha essência anatômica e pessoal...
Portanto,
existo, penso, sou ser natural,
Geologicamente
bifurcado e magmático!
De
Ivan de Oliveira Melo
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