Quantos
instantes monótonos minha alma tem!
Quão
hipócritas as heresias do meu consumo!
Se
blasfemo nas overdoses do mundo imundo,
Quão
infernais são os desertos na seara do além!
Quantas
aventuras singram inócuas pelo pódio
Das
derrotas deste universo! Efeitos das trevas!
Se
praguejo diante das catástrofes que me geram,
Quão
diabólicas são as insurreições do meu ódio!
Quantos
dissabores me dissolvem o éter do saber!
Quando
apedrejo sintagmas do meu sensato dossiê,
Vejo
que os paradigmas me envolvem num sertão!
Quantas
alegrias murcham perante meu substrato!
Enquanto
minhas vozes interiores jazem, eu contrato
As
horas para que do talude eu possa sentir emoção!
DE
Ivan de Oliveira Melo
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