quinta-feira, 31 de maio de 2018

PROVAÇÃO



Fazer o bem, colher o bem... Dissipar o mal!
Eis o que muito poucos conseguem tão bem.
Talvez seja eu um desses poucos que também
Digerem o que tem e divida em tom passional!

Repartir sem ser a sobra não é nada de óbolo,
Simplesmente é o caráter cientifico da caridade
Que satisfaz o ego e traz a insigne solidariedade
Àqueles que andam, tropeçam... Vítimas do dolo!

Não transcenda a fraternidade com o que sobra,
Pois, sem dúvida, é uma falta de amor ao próximo.
Equacionar do total é o verdadeiro sinal da prova!

Fazer essa diferença é a amostragem dum espírito
Que tudo segreda e não se cansa de ser anônimo!
Razão é urgência para buscar-se o que seja bonito!


DE  Ivan de Oliveira Melo




OUTRORA



Quanto mais chorava, mais eu sorria...
Descia o dia tímido rumo à noite agitada
E eu, criança, pululava a correr na calçada
À espera do ocaso para dissipar as fantasias!

Quando surgia a Lua, já cintilavam as estrelas
E o deserto chegou quente, em total alvoroço
Trazendo à meninada tristeza a contragosto,
Pois era a hora do banho e de outras retretas.

A cama era o destino final daquele lindo dia...
Um novo alvorecer se renovava e eu consumia
A imagem de como seria a mais nova alvorada!

Todavia um céu cinzento anunciava tempestade...
Aí, então, chorava que chorava... Era calamidade
Do Sol que se escondia... O dia era madrugada!



DE  Ivan de Oliveira Melo

terça-feira, 29 de maio de 2018

DEMISSÃO



Demito as insensatezes que me acabrunham
Perante as horrendas manifestações
Dos meus órgãos físicos:
Braços, olhos, pernas, ouvidos, boca, coração...

Fecho a boca para afugentar a fofoca.
Cruzo os braços para não apontar
Defeitos de outrem
( Bastam os meus, tão visíveis...)

Cruzo as pernas
Para não caminhar
Pelos caminhos caudalosos da vida.
Deixo assanhados os cabelos
Visto que não sou Don Juan...

Tapo a audição,
Assim não escutarei
Os absurdos do cotidiano
Que envolvem
Política, futebol, religião
E mais centos e centos
De assuntos sem nexo...

Cerro os olhos para não ser conivente
Com a poluição que degrada o planeta
E nem enxergar coisas macabras...

Meus dentes já não mastigam,
Eles têm o pavor
Da contaminação
Trazida pelos alimentos industrializados
E pelo excesso de substâncias
Que aumentam as taxas... Peçonha autorizada!

Desvinculo do coração o sentimento,
Pois as emoções do orbe
Estão enfermas
E isentas de sensações salutares...

O que se vê?
Guerras, hipocrisia, covardia,
Egoísmo, orgulho exacerbado,
Ambição desenfreada... Traição!

Então, o que resta dos meus órgãos?
Vale a pena poupá-los destas decepções?
Sim, penso eu.
Único detalhe em que não traço mudanças:
A consciência. O pensamento!
Meu raciocínio individual.
Sabe, é minha única riqueza:
É intransferível, imutável, incorruptível...
Mas profundamente sonhador,
Pois dentre os meus devaneios
Sempre há quermesses de um mundo melhor
E isto se chama esperança.
Não posso deixa-la perecer...
Diante das muitas voltas que o globo dá,
Um dia voltarei a pôr em ordem
Todos os meus órgãos
Uma vez que o amor verdadeiro não morreu,
Ele está escondido das catástrofes do universo
Já que o trocaram pela ilusão,
Pela vingança, pelo ódio, pela avareza...
E este amor está dentro de todos nós,
Que assim palpitem nossos corações!


DE   Ivan de Oliveira Melo


INDIFERENÇA




Posso até capengar e sofrer de amor,
Todavia não estou condenado à morte...
Sou livre, liberto do que é alcunha forte
E destemido para enfrentar o que é dor.

Posso até ser verme, mas não me ultrajo,
Valorosa é minha consciência sem alfinete
Visto que especial é o meu íntimo sabonete
Que me perfuma e me torna um belo gajo.

Posso até ser imundície, isso não importa,
Pois bebo e como do melhor como a torta
Que me lambuza a boca e me tinge os lábios...

Posso até ser meio tolo... Ah, coisa de gente
Meio rabugenta, diz que dói o que não sente
E que jamais entenderá o âmago dos sábios!


DE  Ivan de Oliveira Melo


domingo, 27 de maio de 2018

SENSÍVEL BATALHA



Era noite. A Lua, tímida, se escondia
Dentre as estrelas que cantavam fulgor...
Vi-me submisso à sinfonia sem pudor
E meu pensamento era deveras fantasia.

Golpearam-me umas faíscas de carinhos
Que desabrochavam em meu íntimo etéreo,
Por isso gritei que gritei sobre aquele império
De dor e forças ocultas quebraram espinhos.

Encontrei o amor desacordado sobre pedras
E o acalentei sobre meu regaço de Narciso
Para que das águas pudesse eu ver os espelhos...

E o Sol alumiou onde havia amontoado de feras
Que tremendo lutavam para devorar meu abrigo,
Porém das emoções vislumbrei os Evangelhos!



DE  Ivan de Oliveira Melo

sábado, 26 de maio de 2018

URTICÁRIO




Quão distante do fim agora estou!
Que bastardo sofrimento se atreve
A luzir no sol e caminhar na neve
Desse sentimento gélido sem amor!

Falo-me a mim: virá ainda meio frio
Esse querer que me esnoba a face
E me põe reflexo perante o massacre
Dum coração que chora... Sombrio!

Delírios são alfazemas e inglório sonhar
Que me traveste em réu sobre um mar
De angústias ásperas que tolhem o peito...

Só em meu último suspiro terei o alívio
Desse devaneio torpe que não é colírio,
Mas urtiga que queima o sonho desfeito!


DE  Ivan de Oliveira Melo

sexta-feira, 25 de maio de 2018

HELP ME IF YOU WANT!


IN ENGLISH


I write poems since I was very young. Well, I got to publish some books, because I had a friend
and he loved what I wrote and he paid to me, but this friend of mine is dead and I did not conditions to publish again.
I have three thousand poems written but they are kept in a drawer. Why? Because I did not have
money to publish them, this is very expensive to me.  If you can help me, send money to my
bank account according by informaton below:

NAME - Ivan de Oliveira Melo
               CPF - 101.362.404-10

BANK ITAÚ  S/A.

AGENCY - 0364

ACCOUNT NUMBER - 65.410-3/500 ( savings account )

BRAZIL

THANKS!
................................................................................................................................................

EM PORTUGUÊS

Eu escrevo poemas desde jovem. Bem, eu consegui publicar alguns livros porque eu tinha um
amigo e ele adorava o que eu escrevia e pagava as publicações, porém este amigo morreu e eu
não tenho condições para publicar novamente. Eu tenho mais de três mil poemas escritos e eles
estão engavetados. Por quê? Porque falta-me dinheiro para publicá-los, isso é muito dispendioso
para mim. Caso você possa ajudar-me, deposite qualquer valor em minha conta bancária conforme
informações abaixo:

NOME - Ivan de Oliveira Melo
               CPF - 101.362.404-10

BANCO ITAÚ S.A.

AGÊNCIA - 0364

CONTA POUPANÇA - 65.410-3/500

BRASIL

AGRADECIDO.