Quão distante do fim
agora estou!
Que bastardo
sofrimento se atreve
A luzir no sol e
caminhar na neve
Desse sentimento
gélido sem amor!
Falo-me a mim: virá
ainda meio frio
Esse querer que me
esnoba a face
E me põe reflexo
perante o massacre
Dum coração que
chora... Sombrio!
Delírios são
alfazemas e inglório sonhar
Que me traveste em
réu sobre um mar
De angústias ásperas
que tolhem o peito...
Só em meu último
suspiro terei o alívio
Desse devaneio torpe
que não é colírio,
Mas urtiga que queima
o sonho desfeito!
DE Ivan de Oliveira
Melo
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