quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Orvalho

Na manhã fria a paisagem desperta
E os pássaros entoam sagrados hinos,
A umidade segreda no tear matutino
Sussurros que são arrepios de alerta.

Tímido sol desponta como elixir da vida
E o vento assopra perante as nuvens,
No solo molhado e rasteiro se reproduzem
Jovens esperanças; as velhas,  despedidas!

As plantas choram e as folhas se renovam
No apêndice natural que é o retrato
Da odisseia progressiva de todos os anos...

No decorrer das estações mistérios inovam
Caracteres que respiram no tom do orvalho

A fotossíntese do que realmente somos!

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