O
mundo é um anfiteatro
Perante
um palco de milhões de espectadores
Que
olham sem entender
As
mensagens que captam o olhar
E
tornam zambetas os raciocínios
Como
se fossem míopes…
Cegueira
que limita o homem
E
o impede de ver
A
beleza que paira no ar…
Assim
estão as arenas do planeta!
Há
pessoas artistas, há pessoas público
E
nos espetáculos que a vida presenteia
Não
se enxerga que é possível através da arte
Transformar
e fazer evoluir esse universo carente…
Só
que o homem é anfitrião
E
mendigo de si mesmo,
O
óbulo é a ignorância alheia
Que,
meio perdida na turbulência do desconhecer,
Perambula
cabisbaixa sem saber o que fazer,
Porque
o interesse está no sentir o prazer
E
mergulhar em sua avareza…
Tudo
se esconde do semelhante
Para
que se use esse mesmo tudo
Como
forma torpe de crescer,
Sendo
a ribanceira do inóspito
Sua
inseparável cartilha do ABC…
Um
ABC que ensina a libertar-se
E
busca no garimpo das palavras
Uma
chance para salvar-se,
Porém
leva consigo a multidão imberbe
Que
ladra dia e noite em busca de conhecimento
Enquanto
outros esnobam no maior descaramento
E
atropelam sentimentos,
Assassinam
os fundamentos da vida…
Segue-se
em sua lida
Fingindo
nada entender,
Embarcando
numa apatia
E
convivendo com o sofrer,
Retirando
da desordem íntima
Catástrofes
que impulsionam à violência,
Alimentam
mazelas que serão o regalo da existência
Diante
de um novo alvorecer!
DUETO
DE SOCORRO CALDAS / IVAN DE OLIVEIRA MELO
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