quarta-feira, 26 de julho de 2017

INOCÊNCIA

Tristeza há que o mundo dá, nada retira.
Se o pensamento, antes ou depois, vira,
Existe a feliz decência do respirar e existir...

É no rosto que as covinhas se avexam, sutis.
Rapidamente se percebe a aureola de rubis
E, se é juventude ou velhice, basta sentir...

Não existe culpa, tampouco há os elogios.
Sonhar é uma obscuridade que poucos veem,
Pois há abecedários nos devaneios e se leem
Que a fortuna e a desgraça têm tempos frios.

E tudo pode apresentar-se doce e até salgado.
Isso muito depende do pranto alegre ou triste
Que marca folguedos e tempestades persistem
Em pulular sobre naipes redondos e quadrados.



DE  Ivan de Oliveira Melo

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