segunda-feira, 31 de julho de 2017

MÁGICOS INSTANTES

Corri feito criança naquela terra molhada,
Desnudo dos problemas cruéis do cotidiano...
E mesmo que meu olhar vislumbrasse ângulos
Era a alforria que buscava perante as cataratas.

Vento frio esbofeteava meu rosto tanto pálido,
Água gelada caía feito trombas das nuvens escuras
E eu deslumbrado tropeçava, levantava sem clausura
Gritando a liberdade que se oferecia pelos pátios.

Encharcado, sorria... Doutrina e aventura de vida livre,
Bebia das gotas do orvalho o sepulcro aberto do alvitre
Que era o saracotear da rebeldia diante do mundo...

Assim pululei feliz sem açodar-me, sem ouvir trovoadas.
A chuva era a magia da bagunça a que propus semeada
Pela candura de somente viver todas as horas e segundos!



DE  Ivan de Oliveira Melo

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