segunda-feira, 24 de julho de 2017

ORTODOXO

Perece a Lua na noite escura,
Logo vem as trevas da madrugada,
Felizes vultos vivificam a emboscada
Em instantes e infeliz desventura.

Contudo se vive a Lua, por que morre?
Se fecunda a escuridão logo se desfaz?
Como se a feiura também se apraz?
Quanto azedume em ser tão forte!

Entretanto na Lua e no brilho há vida,
Na obscuridade nada é deveras constante
E a tristeza é meramente desvalida.

Fim do universo pela mão da sabedoria
Em que tudo nasce e morre abundante
E em plena desconfiança o mundo se fia!


DE  Ivan de Oliveira Melo



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.