Tanto mais
distante estou da noite soturna
Menos o silêncio
fere meus tímpanos atroz,
O tempo cerze o
metafísico e é muito veloz
Perante os
ventos que sopram sinos e dunas.
Tanto menos se
pressente a dor que inflama
Mais se sente o
oásis que se instala na alma,
É um deserto do
íntimo onde nada se deságua
E no pátio da inconsciência
a poesia se declama.
Quão
frequentemente no amor a paixão é trote
Que dilata nas artérias
o insano desejo que foge
Pelas veias em
que o sangue rubro se coagula...
Quanto ardor se
observa do prazer o cio amargo
Que veleja pela
consciência dum raciocínio vago
Mesmo que se
despoje de ansiedade a estrutura!
DE Ivan de Oliveira Melo
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