quarta-feira, 25 de outubro de 2017

LIRA VERDEJANTE

Doce e virginal aroma que se espalha
Dentre as órbitas do átomo acanhado
E do fogo que distante brilha enfadado
Há o incenso que fere quanto navalha!

Pelos campos vergam-se todas as folhas,
Fulgor que cresce diante o arrimo da flor
Que derrama sua sombra para decompor
A lira verdejante do dia e da noite zarolha!

Enquanto o mundo subterrâneo dá o tom,
Os vultos das árvores andam meio tensos,
Pois os frutos são inesperado contratempo
Donde cessa o vigor dum paladar frisson...

Anômalas são todas as espécies de altares
Até que das imagens se teçam mil olhares!


DE  Ivan de Oliveira Melo

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