Ficam
incompreendidas as avalanches da natureza,
As
ondas são episódios concomitantes
E
aqui e acolá, atropelam-se...
O
mar salgado às vezes escurece
E,
em redemoinhos, torna-se bravio
Alimentando
a fúria das tempestades.
Vez
por outra, o horizonte chora
E
suas lágrimas são abundantes,
Pois
vento e chuva se cutucam nos ares
Deixando
a atmosfera densa, quase imperceptível...
Gaivotas
e albatrozes navegam em voos rasantes
Enquanto
o Sol e a Lua se beijam, amantes,
Diante
dos tornados que se alevantam antes
Que
o dia se enamore da noite em caudal paixão.
Assim
é o ambiente natural,
Vernáculo
dos torvelinhos de amor
Mesmo
que perante as madrugadas sombrias
As
estrelas pousem num porto cadente
E,
silenciosas, cintilem sobre o ardor
Que
a menopausa da Terra furtou
Do
frio e do calor da aurora orvalhada...
Sobre
os mananciais das colunas de pedra
As
vagas vomitam as vicissitudes oceânicas
E
o planeta, constrangido, rebola em movimentos
Permitindo
que na seara da existência em penumbra,
Possam
os oásis saciarem a sede dos umbrais!
DE Ivan de Oliveira Melo
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