sexta-feira, 22 de maio de 2020

O PARTO






Desaba sobre mim uma nostalgia frenética

Que me põe grávido diante dos sentimentos
E me faz enjoar perante uma crise estética

Do meu íntimo que pranteia as desilusões...
Percebo-me em mim um desejo de solidão
Próprio das parturientes que ensejam o amor.

Vomito infinitas doses dos pensamentos
Que me retém prisioneira a consciência
Já contrabandista das egrégoras ufanistas
Do pecado extraído dos sonhos dantescos.

Eis um pré-natal que se dilui no tempo
Alcançando as esferas do zodíaco impessoal,,,
Chega o instante do parto: as dores intensas
Perfuram-se todos os desejos inconcebíveis
E no minuto final nasce o rebento: a saudade!’



DE  Ivan de Oliveira Melo  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.