terça-feira, 28 de julho de 2020

CONSPIRAÇÃO






Meu cérebro vive em turbilhão
E é uma vitrine de mim mesmo;
Sinto-me doente, porém estou são
E tudo o que vier são coisas a esmo.

Neste instante dou a mim um preço
( me vendo e me compro por milhão);
Assim, a ninguém dou meu endereço,
Pois não quero machucar meu coração.

Há conspirações que me teço a mim
A fim de balouçar a minha inspiração
Que vive à deriva dum refletir anão...

Tudo é simbiose – do começo ao fim –
Então me produzo com engenho e arte,
Porque sou artista e não o sou, destarte! 


DE  Ivan de Oliveira Melo


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