Minha
alma foi estuprada pelas emoções...
Devassos
sentimentos me edificaram poços de volúpia
E
meu íntimo constrangeu-se diante da indecência
Nauseabunda
que tentou erradicar-me os bons costumes...
Reagi
perante as parafernálias indecorosas que me inundavam
E
me senti rodeado por sensações de um tesão apócrifo...
Meu
estado psíquico combateu as investidas oblongas
E
estapafúrdio combate dilacerou foguetes inatômicos
Que
me sepultavam a coerência do livre arbítrio
E
me permitiu um estágio compulsório de abstração.
Horas
e mais horas numa disputa sem ritmo
E
num ritual em que me jogavam os órgãos no lamaçal
Das
infecundas diretrizes das paixões dinamitadas pelo suor
No
qual meu corpo ardia... Senti convulsões aeróbicas
E,
no diagrama da fertilidade, consciente, optei pela aridez!
DE Ivan de Oliveira Melo
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