quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

LA MARIPOSA

Soy la mariposa negra que posó en tus pies…

De pronto un asombro lanzó tu cabeza de lado
Y tu cuerpo hubo quedado asustado y gritó

llamando mi nombre sobre la alfombra sucia…
El eco de tu voz despertó el alma que ensoñaba
Con lo encanto del Paraíso dónde no había muerte…

Pero tú estabas en la vida y tu ensueño fue ilusión…
Acá en la tierra todos los individuos viven en el infierno,
La verdad ahora es mentira y la mentira solamente fantasía,
Una fantasía cuyos retazos son la fiebre que golpea el tiempo…

Soy tu mariposa negra… La paz es luto. El día es noche…
El hombre hubo contaminado la naturaleza con su ingratitud
Y el blanco se quedó borroso sin luz y sin caminos libres.
La liberdad es una cárcel emocional y la palabra murió herida…
Soy tu mariposa negra y tú vas hollar en mis alas rompidas!




DE Ivan de Oliveira Melo   

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

ALTERNATIVOS

Ora o mar é verde, ora tão azul!
Nuvens brancas, ora cinzentas
Cobrem a imensidão e acalenta
Tudo o que é norte, idem, o sul.

Ora o vento sopra forte, ora para
E o calor se agiganta no espaço,
O frio some, torna-se mui escasso
E as brisas têm um odor de opala!

Ora chove, ora faz sol escaldante,
Sabe-se que o depois não é o antes
E a vida segue célere em seu rumo.

Ora é dia, ora é noite… madrugada!
O silêncio acompanha a caminhada
Ora reta, ora sinuosa… viver é tudo!




DE Ivan de Oliveira Melo

domingo, 4 de dezembro de 2016

OGIVAS TRANSCENDENTAIS

Eu me vejo tocado por uma escuridão incomensurável
Donde posso sentir em meu íntimo ideais tão negros
Que pensamentos desbotados ululam meu raciocínio…
Há intensas labaredas que me devoram de dentro para fora
Enquanto de fora para dentro nada mais resta que o respirar.

Sensações alucinógenas copulam no âmago já mestiço da dor
E me levam a um êxtase em que a penumbra intoxica a visão
E desejos insensatos inundam uma vontade carcomida de tédio…
Sinto-me desidratado por uma impaciência que se renova alhures,
Deixando-me plenamente caboclo perante a ausência do tudo.

Se o tudo está ausente, simplesmente o nada não existe, é ficção…
Então me concluo polissêmico e desnatural, desdoutrinado e vil
Diante de uma conjuntura de emoções apócrifas e redundantes
Sem a menor possibilidade na identificação de um elo salvador,
Apenas bisbilhotado pelos anelos usurpadores do que é razão.

As fantasias bailam num ritual macabro e funestos são objetivos
Que trucidam a imaginação, perpetuando em mim a inconsciência…
Sou um apanágio descrente da vida sorrateira que invade o social
E, numa solidão inaudível, sou um afluente bastardo de mim mesmo
Ao passo que em derredor uma derradeira ventania sopra ilusões…

Meu ego parece-me mulato… Viagens transcendentais me ocorrem
E me creio prisioneiro de estrelas cadentes que buscam o que é luz,
Todavia em mim só os destroços do que foi vida ainda rendem dízimo,
Pois é verdade que o senso nunca morre apesar de extensas sepulturas
Serem moradas enclausuradas de seres errantes mastigados pela morte…

Sopros de vendavais aconchegantes trazem alívio ao desespero intuitivo
Que ainda rola sobre as inverdades de um cotidiano insalubre e grotesco,
No entanto há válvulas anacrônicas e alegóricas que fantasiam a vida
Oferecendo tributo analógico às aspirações enfermas, não obstante vivas
Que não jazeram no éden demoníaco… As portas do céu seguem abertas!



DE Ivan de Oliveira Melo



LA INSPIRACIÓN

El día hubo amanecido muy… muy frío
Y la poesía en mí sentía un fuerte calor…
Yo hube pasado la noche hablando de amor,
Es que mía inspiración estaba en lo celo…

Había flores amarillas que venían del cielo
Y caían en mís pies tan vivas y olorosas
Que en mi corazón yo desiné muchas rosas
Para que el olfato recibiese el aroma del mundo.

Con el rocío de la mañana un energía profundo
Hubo dejado mi cuerpo listo para sólo amar
Y comprender que el amor es lo mismo siempre…

Al fin la inspiración había fecundado las palabras
Y flores de todas las tonalidades eran un gran mar
Dónde las olas nacían y morían así de repente…



DE Ivan de Oliveira Melo



sábado, 3 de dezembro de 2016

CONCEPÇÃO

Se a morte é um fim absoluto,
Tantas são as algemas da vida
E não tenho de pensar em luto,
Sequer numa gota de despedida!

Distante visão dum futuro obeso
Que se esconde em milícias senis...
Sobrevivo rapsódias, eu confesso,
Mas não sei se a existência é um bis!

Nas areias do viver respiro minutos
Sem o alarde do morrer para sempre...
A cada dia abro os olhos e, de repente,
Nova aurora me retrata febril e astuto!

Se na morte há um sonho congênito,
Possivelmente a vida não seja um mito!




DE  Ivan de Oliveira Melo

MUNDO OBSCENO ( poema crítico )

Muitas vezes a linguagem cede espaço ao pornô...

Pornografia e pornofonia têm aspectos distintos:
Grafia é o que se escreve; fonia, aquilo que se ouve.

Entre o que pronuncia e o que se escreve se enxertam
Realizações semânticas no mais das vezes de merda
E o idioma se perde em labirintos que não se postam,

Porque é o povo que escolhe um vernáculo meio bosta
E, assim, a língua se deteriora com tudo o que se imputa,
Como se ao falante respeito se devesse pelo filho da puta
Que engendra nocivamente vocábulos que não têm leste...

Trata-se de enfermidade sem cura, é uma verdadeira peste
Que se consorcia em ampla demanda e há quem ainda corra
Pelos mundos obscenos em busca da maldade desses porras,
Porquanto a palavra não embota tempero, seja norte ou sul
E quem mais se prejudica  é o pobre coitado que toma no cu!



DE Ivan de Oliveira Melo

  

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

LEJOS

Yo siento en mi balcón y prendo mi puro,
Entonces yo planteo en la vida mui gitana
Que más parece una encrucijada de drama
Dónde las personas recorren de un estupro.

Estupro de las cosas que mueven el psíquico
Y dejan entreabriertas las ventanas del interior
Que entán confusas delante de todo que es dolor
Massacrados continuamente a través del empírico.

Del cobertizo yo veo en mi alma un mundo morboso
Y el humo que recorre mi cuerpo es tan perezoso
Que las lágrimas caen en lo suelo libres de miedo,,,

Mi boca abre y cierra… Yo grito mil veces mi nombre
Y entiendo imprevisto que mi nombre no es pronombre,
Pero un circuito de letras que duermen y despiertan lejos!




DE Ivan de Oliveira Melo