Mar de esperanças
que boiam à toa
No sepulcro anônimo
onde dormitam fantasias,
Vagas serenas declamam
ousadas utopias
Numa areia negra
que sabota os
alicerces da canoa.
Barcos em que
a saudade singra
a solidão
São
abandonados à deriva
da tempestade exótica,
Caravelas
perdem o rumo
na odisseia caótica
E se chocam
contra as paredes
que protegem o
coração.
Nas águas plácidas
do inverno sem
procelas
Estima-se que o
amor desponte na
primavera
E no jardim
do oceano haja
um bailado de
colibris...
Do sal marinho
extrair-se-á ameno paladar
Em que as
esperanças já não
boiarão no mar,
Mas
mergulharão e navegarão
soberbas nas asas
dos bem-te-vis!
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