terça-feira, 28 de agosto de 2012

Bailado Alado


Mar  de  esperanças  que  boiam  à  toa
No  sepulcro  anônimo  onde  dormitam  fantasias,
Vagas  serenas  declamam  ousadas  utopias
Numa  areia  negra  que  sabota  os  alicerces  da  canoa.

Barcos  em  que  a  saudade  singra  a  solidão
São  abandonados  à  deriva  da  tempestade  exótica,
Caravelas  perdem  o  rumo  na  odisseia  caótica
E  se  chocam  contra  as  paredes  que  protegem  o  coração.

Nas  águas  plácidas  do  inverno  sem  procelas
Estima-se  que  o  amor  desponte  na  primavera
E  no  jardim  do  oceano  haja  um  bailado  de  colibris...

Do  sal  marinho  extrair-se-á  ameno  paladar
Em  que  as  esperanças    não  boiarão  no  mar,
Mas  mergulharão  e  navegarão  soberbas  nas  asas  dos  bem-te-vis!

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