terça-feira, 28 de agosto de 2012

Cemitério dos Infelizes


Vendavais  sacodem  a  terra,
Pântanos  digerem  destroços,
Sepulcros  recebem  os  corpos
De  humanos  que  a  vida  dilacera.

O  sol  escurece  ao  meio-dia,
Chuva  ácida  inunda  os  campos,
Na  noite  escondem-se  os  pirilampos
Deixando  no  deserto  minha  agonia.

A  lua  cheia  torna-se  vazia,
Meteoros  poluem  os  rios,
Mares  provocam  arrepios
Nos  suicidas  de  mente  fria.

Águas  barrentas  destroem  as  estradas
E  a  vida  expira  sob  as  enxurradas...

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