Visto em mim
a roupa da
humildade,
Dispo-me de um vestuário de
hipocrisia
Que me tortura
e esnoba, que
me assedia,
Que me faz
detento de minha hombridade.
Calço
sandálias de um
simples pescador
E me liberto
dos sapatos de
vime, de veludo
Que me fizeram
prisioneiro de inconcebível
luto
E me atearam
fogo nas emanações
de amor.
Cubro-me com lençóis
transparentes
E atiro ao
relento cobertores da
mentira,
Livro meu eu
para que não
se fira
Nem me deixe
rascunhos de rabugice
em minha mente
Se a vida
oferece um nascer
de novo,
É pela linha
reta que agora
me movo!
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