Em meu semblante
há uma tristeza
aguda,
Uma indiferença que
corrói o patamar
de minha vida,
Agiganta-se
um sol que
rasga a consciência
desenvolvida
E uma chuva
que cai num
solo infértil que
não se aduba.
Em meu olhar
o brilho fenece
diante da melancolia
E as lágrimas
rastejam seduzidas pela
ilusão,
Já não sonho
saudades, devaneio solidão
Gangrenado
pelo assédio insensível
de minha alquimia.
Indecorosa
estiagem safena as
veias do meu
sentimento
E nem a
mais fina agulha
sutura a ferida
do meu tormento
Deixando o sangue
escorrer célere sem
rastros de cicatriz...
Em meu peito
há um coração
que bate desolado
Acompanhando
o tique-taque de
um relógio mal
amado
Que pranteia nos
segundos do tempo
a impossibilidade de ser feliz!
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