quarta-feira, 11 de junho de 2014

Ilusões


Eu velejo sobre sensações emotivas
Singrando intervalos para escapulir da dor,
Não dou guarida a sentimentos travestidos de doutor
E, assim, de galho em galho, vou desenhando a vida.

Eu navego no mar das aspirações nobres
E me afasto ressabiado de torvelinhos gigantes,
Sei que, se neles eu despencar, nada será como antes,
Pois, é difícil lutar contra vagas que descem e sobem.

O mergulho acontece em águas que são espelhos
Visto que minha ótica sabe dissipar-se dos escaravelhos
Que furtam do mundo a alquimia do coração...

Nadar? Só em terra firme arrisco braçadas
Porque há no oceano um exército de ilusões encantadas

Que trapaceiam o indivíduo partindo as cordas do violão!

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