quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Incertezas

A chuva cai...
Ressabiado é o tempo
Que inexoravelmente avança
Sem deixar rastros na areia.

As horas consomem
A agonia que chora
O passado estéril
No presente adormecido.

Calor intenso,
Abundante suor...
É o sol que perfuma
A angústia esmaecida.

Silêncio da noite...
A lua escondida
Entre nuvens de algodão
Sorri para a estrela solitária.

Orvalho insípido...
Amor travestido
Pela âncora do deserto
E pela língua que se cala.

Medo da mentira...
A toalha despenca no tapete
Onde ressona a verdade
Úmida por transparências.

A coragem desperta
Dentre anseios mais profundos
E transforma uma atmosfera
Blindada pela esperança.

Cai a máscara...
O dia soterra a noite
E o princípio que era fim
Metamorfoseia as dúvidas...



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.