quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Rebeldia

Sou rebelde de mim mesmo,
Mentecapto às avessas...
Torturo as tristezas
E não tenho em mim um enredo...

Sou uma tipologia sem rótulo,
Epopeia do meu destino...
Do mar bravio sou torvelinho genuíno,
Cético desprovido de senso ótico...

Sou ziguezague dum tecido incerto
E meus passos perambulam o deserto
Onde no oásis das ingratidões desfaleço...

No tique-taque do relógio que me desperta
O tempo é unilateral, a hora não é concreta

E eu um transeunte sem trilha e sem endereço!

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