quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

INSTINTO METAFÍSICO

Vejo-me seduzido por pensamentos acrobáticos
Que contracenam amiúde com sonhos malabaristas,
Em vértices perpendiculares sinto-os idealistas
Consumidos pela vertente do consciente alopático.

Meu raciocínio faz piruetas num céu de fantasia
E a inconsciência se vê rachada por uma ideologia tosca,
As estrelas luzem alegorias pálidas no céu da boca
Consorciando-se à memória na confecção da nostalgia.

Percebo-me verdugo de uma imaginação quadrangular
Em que perímetros tímidos se unem para sonhar
Num trapézio onde sutis devaneios são os artistas...

Noto-me exausto... meu campo cefálico pede socorro,
Então encaro a realidade e em minúcias discorro
Sobre o que é aventurar-se no onírico sem ser cientista!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.