terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Tela do Destino

Ando descalço por vales e campinas,
Não piso azulejos, é chão e terra dura
Que abrem espaços à minha aventura
E sigo catando do tempo,  minha sina.

Verde é tapete aéreo em copas altas,
No solo ressequido dormito a vergonha
Da cruel fadiga que faz a vida enfadonha
E os sonhos reprimidos das horas peraltas.

Em derredor só silencio e floresta doente
Tragada pela indecência inconsequente
Da humanidade que come e bebe ambição...

Não vejo cerâmicas... não noto mármores,
Só mosaicos partidos em torno das árvores
Já velhas onde se pinta de ilusões o coração!


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