Gostaria que as estradas por onde sigo fossem retilíneas,
Nelas não houvesse pedregulhos, rachaduras ou lamas,
Mas dá-se o contrário... muitas são curvilíneas,
perigosas,
Faltam sinalizações, a mão é dupla, pedestres se
chocam...
São veredas intransitivas e perdulárias, o luxo é
apócrifo,
Transeuntes ressabiados se perdem em labirintos inóspitos,
Coniventes diante de uma arraigada aventura que enferma
As consciências inconscientes que perseguem seu
destino...
Gostaria de crestar o solo sem preocupar-me com sua
aridez,
Confiar no húmus que brota sob meus pés sem chiados e
vícios
E diagnosticar ser um caminho liberto de mazelas e
ratazanas...
Gostaria que as vias me levassem ao gozo púrpuro da vida,
Delas pudesse retirar a confiança que mergulha no tempo
E sentir o benfazejo aroma que fecunda anseios de
felicidade!
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