quarta-feira, 2 de agosto de 2017

PACIÊNCIA

Efebo não sou eu, sou outro
E como não sou, não sou ouro.
A vida me torna virgem, donzelo
E, como estou imaculado, atrelo e
Diante desta imagem sou louro!

Mancebo que vive entre enseadas
A perambular pelas areias... Estouro
As bolhas que se ficam no solo, azadas.

Não me aflige o ar da terra úmida,
Somente banho a consciência esculpida
Pelo sal que arrolo ante a pele meio tímida

Sem compreender porque visto a túnica
Do anjo casto que não está ainda no prelo,
Mas que sonha e vive... Ser homem: espero!



DE  Ivan de Oliveira Melo

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