sábado, 30 de junho de 2018

CAMPO ONÍRICO




Meus sonhos são dantescos; a alma chora!
Há um aluvião de lágrimas em minha face,
É um tédio tenebroso; realidade e massacre
Que faz da saudade o sabor de minha viola!

É uma dor reticente;  um túmulo de agonia,
O peito grita lascivo; overdose dum pânico
Em que a luxúria é um retrato infiel, titânico,
Engendrado no organismo virtual da utopia!

Desgrenhado, o corpo é sonegado pelo vírus
Que segrega do átomo a mansidão dos lírios
E um aroma nefasto é a genética dos olfatos...

Uma energia cósmica advém; tudo efêmero...
Na fantasia, necrose do tempo que é gênero
Que demarca as linhas dos desenhos inexatos!



DE  Ivan de Oliveira Melo 

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