domingo, 1 de julho de 2018

INFLAMÁVEL




Meu corpo deixei ao sabor dos ventos
Das tempestades do amor que me alucina;
Oh!, Mesmo surdo ouvia os tons da rima
Que sobre mim deitava nobre sentimento.

Incontáveis luas havia na noite em derredor
Duma existência cuja caricatura era a minha;
Eis que da natureza percebo preces e ladainha,
Todas tocadas e cantadas em harpas e dó maior.

Em meus sócios desejos almejei alimentar o pejo
E nutri minh’alma dum ortodoxo prazer em chamas
Que se fez em mim sob o ignóbil influxo da cama...

Momentos de intenso e sincrônico pudor eu revejo
Sobre dourados tapetes das imensas salas planas,
Todas preparadas com o esmero que o amor inflama!



DE  Ivan de Oliveira Melo 

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