sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

ANAMNESE




O passado atenta e me espiga,
Passo a passo a lembrança destoa
Em meu cérebro o que deixei à toa,
Por isso recordo as coisas antigas.

Num labirinto o pretérito que me diga
Onde guardei reminiscências das pessoas,
Pois me vejo cego diante de coisas boas
E não consigo relembrar as mãos amigas.

O ontem é um hoje deveras nublado,
Amanhã me esquecerei do que for fardo,
Porque na memória só haverá alegoria...

Meu presente só existe no que for agora,
Não sei onde minha alma donzela mora,
Dentro ou fora de mim, ela é especiaria!


DE  Ivan de Oliveira Melo


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