Era
uma vez uma ingratidão
Que
teimava em ser ingrata
Até
que dos rios e da cascata
As
águas rolaram pelo sertão.
Era
uma vez uma vil teimosia
Que
não se julgava tão teimosa
Até
que das críticas e da glosa
Houve
a censura que a seduzia.
Era
uma vez um tédio de orgulho
Que
não se orgulhava ser entulho
Diante
de ferimentos e cicatrizes...
Era
uma vez um deserto inóspito
Que
desertificava a vida e o óbito
Dos
que buscavam orvalhos felizes!
DE Ivan de Oliveira Melo
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