No
espelho de minh’alma, um deserto incontinenti...
Dunas
fantasmagóricas de uma areia depravada
Que
o vento sopra na densa atmosfera dum vazio
Onde
o silêncio é a única voz que reina, solitária...
Na
encosta das nuvens, um clamor ruge de sofreguidão
E,
num céu atapetado de estrelas, a eloquência do exílio.
A
melancolia é a artesã dos conflitos ignóbeis
Que
dilacera o âmago enfermo diante das intempéries crônicas
Num
desfile de imagens em que o “eu-mim” é a sinagoga
De
um estuário onde as preces se perdem no astral metafísico.
Saudade
é devassidão dum espírito inócuo e estéril!
Rasga-se
da vida em busca do infinito sepulcro
Em
que a existência, sem oásis, é o derradeiro pântano
Que
resta sobre a mefítica esplanada dos covardes:
Indumentária
malsã, impiedoso acinte ao desconhecido: o suicídio!
DE Ivan de Oliveira Melo
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