Eis
que enveredo pelos campos da sinestesia
E
saboreio dos sentidos finíssimo esplendor,
Percebo
a nostalgia dum sentimento de amor
Que
me envolve solenemente em grande orgia.
Abstraio
das sensações um calafrio alucinante
E
me deixo seduzir repentinamente por volúpias
De
fome e de desejos… da sede que traz tertúlias
Perante
a excelsa vontade de ter da vida o bastante.
Sonego
a mim o direito de haver horas indeléveis
E
me dou a mim os segredos que são imutáveis
A
fim de que à vida possa eu consumir as labaredas…
E
num fogaréu de tesão deixo-me esculpir de paixão,
Torturando-me
as vísceras inexpugnáveis do coração
Que
me solfejam em notas breves que me enredam!
DE
Ivan de Oliveira Melo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.