sábado, 26 de setembro de 2020

INDOMÁVEL

 

 

Meu tempo é o de ontem.

Hoje sou plenamente anacrônico...

Às vezes pareço do tipo inexorável,

De uma severidade assaz ortodoxa.

 

Para coadunar-se diante de certos modernismos

É mister seguir preceitos profanos

Que tornam o indivíduo meio herético,

Reformista dos costumes e das tradições teístas.

 

Meu tempo é o de ontem,

A diacronia não se embebe do meu ser,

Tento ser paradigma para meus sintagmas...

 

De um teor denotativo é o meu pensar,

Hermético perante as ejaculações fúteis

Que fazem da contemporaneidade período linfático!

 

 

DE  Ivan de Oliveira Melo

 

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