sábado, 5 de setembro de 2020

 

TORMENTA

 

 

 

 

O inverno traz um frio que arrepia

E, tiritantes, fica-se a bater os dentes

Enquanto os corpos se tolhem e sentem

Pontiagudas dores de enlevo e agonia.

 

Tremem-se os novelos da angústia tardia

Onde se recolhem frêmitos que são quentes,

Os ventos assobiam e regularmente mentem

Deixando na ogiva, gelos de contraste e ousadia.

 

O tempo é o mentor desse constante desvario

Que, em ondas, atropela o éter marinho

E singra das procelas, o sacolejar das nuvens...

 

As mentes adormecem sob influxos de preguiça,

Acobertam-se de grossos tecidos que ora se enguiçam

E fomentam os ardores que da atmosfera surgem!

 

 

 

DE  Ivan de Oliveira Melo

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